Tecnologia

Nova edição do Informe Agropecuário destaca potencial nutritivo e cultural das hortaliças PANC e de seus frutos

Veja programação do 8º Hortpanc e também: EPAMIG apresenta tecnologias para produção de vinhos finos na Wine Trade Fair


Publicação da EPAMIG aborda também a importância das espécies na segurança alimentar e na preservação da biodiversidade - A nova edição do Informe Agropecuário, publicação técnico-científica da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), traz o tema Hortaliças PANC: Frutos.

Rústicas e resilientes, as Plantas Alimentícias não Convencionais (PANC) se apresentam como opção para integrar sistemas de cultivo sustentáveis. Essas espécies são ricas em nutrientes, apresentam grande diversidade de cores, texturas e sabores, e, por terem forte identificação com a cultura ancestral e regional, são uma alternativa promissora para a agricultura familiar.

 

A revista traz dez artigos que apresentam famílias botânicas, importância regional, inserção comercial, usos alimentício e fitoterápico e aspectos nutricionais de hortaliças, como maxixe do reino, abóbora d'água, chuchu de vento, jurubeba, dentre outras. Frutos como o fisális (frutinhas amarelas) e o tomate-de-árvore têm grande potencial para elevar a renda do produtor.

"A divulgação das hortaliças PANC leva à conscientização sobre a conservação da rica biodiversidade brasileira, resgatando saberes tradicionais e incentivando novas formas de cultivo e aproveitamento alimentar", refletem as pesquisadoras da EPAMIG e coordenadoras desta edição do Informe Agropecuário, Izabel Santos e Marinalva Woods.

É crescente o número de pesquisas para ampliar o conhecimento sobre essas hortaliças, da propagação à comercialização, do consumo aos aspectos culturais, com possibilidades para o turismo rural e gastronômico, bem como para o uso das PANC em dietas especiais como a dos fenilcetonúricos.

"Instituições de ensino e extensão vêm trabalhando na transferência e difusão de tecnologias de cultivo e também no incentivo ao uso das PANC, tanto na alimentação diária, quanto na gastronomia regional. Além da utilização como matéria-prima para as indústrias alimentícia e farmacêutica", destacam as pesquisadoras.  

Outra possibilidade é a inclusão dessas hortaliças em políticas públicas de segurança alimentar e nutricional como os programas de Aquisição e de Alimentos (PAA) e Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

A publicação, disponível nas versões impressa (R$ 26) e digital (R$20,80), pode ser adquirida na Livraria EPAMIG.

8º Hortpanc - Os avanços nas técnicas de cultivo das PANC serão abordados no 8º Encontro Nacional de Hortaliças não Convencionais (Hortpanc), que acontece entre os dias 1 e 3 de julho, em Sete Lagoas e Prudente de Morais (MG). A programação, que inclui palestras, mesas redondas e dia de campo, vai discutir valor nutricional, potenciais de uso e importância para a segurança alimentar e nutricional.

Os interessados em participar das atividades podem se inscrever pelo site, onde também é possível consultar detalhes da programação. O valor das inscrições varia de acordo com a categoria (produtor rural, estudante, profissionais e público em geral) e o lote vigente.  

Trabalhos técnicos-científicos - Até 30 de maio, qualquer inscrito no HortPANC poderá submeter até dois trabalhos técnicos-científicos, desde que sigam as normas para envio estabelecidas. Somente serão aceitos resumos relacionados a Plantas Alimentícias não Convencionais, que tenham alguma parte consumida com hortaliça.

A avaliação será feita por uma comissão de assessores ad hoc, que observará critérios como mérito e relevância. Os trabalhos aceitos serão apresentados no formato pôster impresso.

"As apresentações dos trabalhos ocorrerão no segundo dia do evento, na Embrapa Milho e Sorgo, em Sete Lagoas, onde também será realizada a programação de palestras. As orientações e informações detalhadas sobre a confecção dos banners serão divulgadas em breve no site", informa o pesquisador da EPAMIG Vinícius Tadeu da Veiga Correia. Saiba mais e inscreva-se em https://www.epamig.br/hortpanc/.

O evento, que em 2025 será coordenado pela EPAMIG, em parceria com a Embrapa, contará com o apoio da Emater-MG e das universidades federais de São João del Rei (UFSJ), de Minas Gerais (UFMG) e de Viçosa (UFV).

Informações sobre o Informe Agropecuário: Livraria EPAMIG -  www.livrariaepamig.com.br  - Tel.: (31) 3489-5002 e-mail: [email protected]

EPAMIG apresenta tecnologias para produção de vinhos finos na Wine Trade Fair - Evento em São Paulo abre espaço para os vinhos de inverno, produzidos a partir da tecnologia de dupla poda da videira - Os vinhos finos de Minas Gerais ganharam destaque na edição 2025 da Wine Trade Fair, que acontece no Expo Center Norte, em São Paulo, até esta quinta-feira, 22 de maio.

O Estado está representado, pela primeira vez, em um estande organizado pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), que reúne onze vinícolas, seis cachaçarias artesanais, degustações e imersão nas rotas do enoturismo.

Responsável pela tecnologia de dupla poda da videira, que fomentou a produção dos chamados vinhos de inverno em Minas Gerais e em outras áreas das regiões Sudeste e Centro-Oeste, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), também marca presença.

A enóloga Angélica Bender, pesquisadora da Empresa, conduziu uma conversa sobre os fundamentos e avanços da vitivinicultura a partir da tecnologia de dupla poda, seguida de degustação de vinhos, na terça-feira, 20 de maio. E participou da reunião da Câmara Setorial da Uva e do Vinho, no dia 21.

"Com a dupla poda, desenvolvida em Minas, conseguimos colher no inverno, em condições ideais, fora do período chuvoso. O resultado são vinhos com mais qualidade, expressão e identidade. Isso nos colocou no mapa e mudou a história da viticultura no Brasil", afirma Angélica.

Entre 2013 e 2022, a área cultivada com uvas aumentou em Minas Gerais aumentou 52,9%. Para 2025, a estimativa é de que o estado produza entre quatro e cinco milhões de litros de vinhos finos, espumantes e de mesa. A região também se destaca por abrigar vinícolas inovadoras e premiadas em concursos nacionais e internacionais.

A participação mineira na Wine Trade Fair é fruto de uma ação conjunta entre Emater-MG, EPAMIG, Sebrae Minas, SindVinho-MG, Associação dos Produtores de Uva e Vinho (UVA), SindBebidas e outros parceiros institucionais.

*Mariana Vilela Penaforte de Assis/Jornalista/Assessoria de Comunicação/Fotos: Epamig/Divulgação - (31) 3489-5023 (31) 99714-9013 - www.epamig.br

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