A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) recebeu o selo Economia Circular da Conatus Ambiental, relativo à doação do resíduo de bagaço de uva. A entrega da certificação aconteceu no último dia 8 de novembro, durante o 5º Encontro Enoconexão, no Centro de Frutas do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), no município de Jundiaí (SP). 2s6u5s
Além de vinificar as próprias uvas produzidas em São Sebastião do Paraíso (Syrah) e no Campo Experimental de Caldas (Bordô e Chardonnay), a Vinícola da EPAMIG oferece o serviço para produtores iniciantes. O enólogo Lucas Amaral conta que desde a colheita da última safra de verão, iniciada em dezembro de 2021, a Empresa tem doado os resíduos da produção. ?A proposta teve início quando a Conatus procurou a Vinícola com a proposta de recolher todo o bagaço para transformar em adubo de uva. Consideramos a iniciativa muito legal, além de ser uma forma de a EPAMIG descartar corretamente esse material?.
Como o bagaço utilizado pode ser de qualquer uva, os resíduos da colheita de inverno também foram doados. ?Esse bagaço é tanto de uva branca quanto de uva tinta, fermentado ou não fermentado?, acrescenta Lucas, que explica como é feito o armazenamento desse material. ?Já faz duas safras que estamos nesse projeto, eles nos forneceram contêineres (IBC), para depositarmos o bagaço após a retirada dos tanques. Quando enchíamos, eles vinham fazer a retirada e finalizavam o tratamento na empresa deles?.
A parceria continua e novas doações estão previstas para a safra de verão, que terá início em breve. ?Recebemos este certificado pela adesão ao programa e por termos cooperado para minimizar os impactos ambientais da atividade?, finaliza o enólogo.
Produção de Vinhos Finos - A EPAMIG adaptou e difunde a técnica de dupla poda da videira, que consiste na inversão do ciclo produtivo pela realização de duas podas anuais, o que possibilita que o período de maturação e de colheita das uvas aconteça no inverno, período com menor incidência de chuvas e elevada amplitude térmica (diferença de temperatura entre o dia e a noite). Isso impacta, positivamente, na qualidade e na sanidade das uvas, e consequentemente, dos vinhos.
Os primeiros vinhos obtidos pelo método chegaram ao mercado no início da última década e logo conquistaram espaço no circuito gastronômico e premiações nacionais e internacionais. Atualmente, a prática, que se consolidou no Sudeste brasileiro, tem se expandido para regiões que possuem características climáticas semelhantes.
*Mariana Vilela Penaforte de Assis/Jornalista - Assessoria de Comunicação - (31) 3489-5023 - www.epamig.br