Como início das atividades do grupo força tarefa de combate ao cancro europeu, da qual participam em conjunto as empresas Epagri, Cidasc, Amap, Secretaria da Agricultura dos Municípios, Faesc, Senar e Sindicato Rural , Assea e Nutasj, serão realizadas mais de 22 reuniões técnicas nos municípios e comunidades da região de São Joaquim para discutir a problemática desta doença, sua importância e meios para controle e erradicação da mesma. 523n5i
No dia 22/06 aconteceu na Estação Experimental da Epagri de São Joaquim a 1ª Reunião Técnica voltada exclusivamente para engenheiros agrônomos e técnicos agropecuários. Pela importância destes profissionais difundirem este conhecimento e práticas culturais para todos os fruticultores e o setor da maçã da região.
O evento teve abertura com a participação do Gerente da Estação Experimental, Gerente Regional da Epagri, do presidente da Associação de Produtores de Maçã e Pera de Santa Catarina (Amap) , do Secretário da Agricultura de São Joaquim, todos salientaram a importância de estarmos unidos no controle e possível erradicação desta doença na região e a participação dos técnicos e fruticultores é fundamental para termos sucesso no controle desta doença, já que a mesma pode causar a seca de ramos e galhos, podridões nos frutos, morte das plantas e redução da produtividade, podendo inviabilizar tecnicamente e economicamente os pomares.
O pesquisador fitopatologista Dr. Leonardo Araújo, apresentou as informações relativas ao Cancro Europeu das Pomáceas relatou como foi desenvolvida as ações do grupo todos contra o cancro europeu na safra 2016/17, onde foi atingido o treinamento de quase 900 pessoas entre técnicos e fruticultores nas 22 reuniões realizadas nos municípios da região e a importância da continuidade deste trabalho de conscientização e difusão das estratégias de controle e erradicação da doença.
Apresentou informações e dados sobre o cancro europeu, onde mostrou como esta doença é muito agressiva e pode rapidamente e facilmente se disseminar e infectar os pomares da região, as condições climáticas da região como precipitação em torno de 1.500 mm anuais e temperaturas médias de 10 °C a 16° C são ideais para sobrevivência e desenvolvimento do fungo, podendo ser mais agressivo e com potencial de infecção durante toda as estações do ano muitos mais que o próprio fungo da sarna que é no final de inverno e primavera, o pesquisador, apresentou alguns resultados de pesquisa que está executando. Foi apresentado as práticas culturais que os técnicos e fruticultores devem realizar no pomar como retirada de plantas atacadas pela doença, bem como a retirada ou monitoramento das plantas ao lado da planta atacada. É fundamental que os responsáveis técnicos façam treinamento dos fruticultores e sua família, colaboradores, empreenteiros, tratoristas, enfim todas as pessoas que executam práticas nos pomares, devem realizar monitoramento e fiscalização constante de seus pomares para identificar cancro novos ou velhos no mínimo quatro vezes por ano na poda, no raleio, antes da colheita e antes da queda de folhas.
Segundo o pesquisador importante as pulverizações com produtos protetivos e ou curativos nas fazes críticas como queda de flores, no raleio de frutos, durante a colheita e na queda de folhas, pois nestes casos a um pequeno ferimento realizado na planta, onde o fungo pode penetrar e causar a doença, porém é importante salientar diferentemente de outras doenças da maçã, esta doença um dos seus principais métodos de controle é a remoção de ramos ou plantas com cancro no pomar, evitando a disseminação do fungo.
Finalizando o dia de campo os participantes foram convidados a ver em um dos pomares da estação o ataque desta doença, seu potencial de destruição dos ramos e das plantas com a diminuição dos stand de plantas do pomar, causando prejuízos como diminuição da produtividade , podridões nos frutos, de tal forma que pode inviabilizar muitos pomares, se o fruticultor não ficar atento. Os pesquisadores Leonardo e Felipe mostraram como já foi erradicado muitas plantas da área, a presença de cancro novos, a presença de cancros novos ao lado das atacadas, como deve ser o correto monitoramento de forma profissional e encarado como mais uma prática muito importante que todos devem fazer em seus pomares, será um custo a mais na atividade pelo menos no curto e médio prazo. O público presente observou a área, fez algumas perguntas e de maneira geral também acredita que temos que combater esta doença para continuarmos como uma fruticultura forte e competitiva.
Não vamos deixar que esta doença destrua nossos pomares, contamos com a participação de todos nestas reuniões que serão realizadas nas comunidades e sede dos municípios, é um trabalho em conjunto que teremos sucesso se todos conscientizarem da sua importância e realizarem sua parte, participe.